Procurada pela ACI Digital para esclarecer que tipo de ameaça de morte está sendo feita, se essas ameaças foram relatadas à polícia, e qual é o problema de saúde do vereador, a assessoria não respondeu até a publicação desta matéria.
“O vereador tem sido alvo de ameaças constantes e cada vez mais violentas, como ameaças de morte e injúrias raciais. Por isso precisou de repouso para se recuperar de tamanha violência”, diz uma nota publicada pela assessoria.
No pedido protocolado junto à Câmara de Curitiba, Freitas pede que as faltas às sessões sejam justificadas por conta do atestado médico. Ele deve seguir afastado das funções até a próxima semana. Por se tratar de um período menor que 120 dias, o regimento interno da casa não prevê a convocação de um suplente.
Antes do pedido de afastamento, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba acatou quatro pedidos de cassação do mandato de Freitas por quebra de decoro. Comissão de Ética da casa está apurando o caso.
A invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário aconteceu no sábado, 5 de fevereiro, em protesto ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe. A missa que acontecia no templo foi interrompida pelo ato. Quatro dias depois, Renato Freitas falou sobre o assunto durante sessão ordinária na câmara e pediu desculpas pela atitude.
“Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas e, para essas pessoas, eu sinceramente e profundamente peço perdão. Desculpa. Não foi, de fato, a intenção de magoar ou de algum modo ofender o credo de ninguém. Até porque eu mesmo, como todos sabem, sou cristão”, disse ele no dia 9 de fevereiro.